segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A arte de esperançar

Somos pessoas. Cheias de tudo: do que se é, do que não se é. Cheias de histórias, de vida, experiências. Cheias de confusão. Sistemas, órgãos, tecidos e células. Uma alma cabe também. Vem com ela o sentimento, pensamento e um pouco de opinião. Talvez um poder de escolha se desenvolva em nós com o tempo. Sejam elas erradas ou certas nos mantem em um caminho ou em vários. Nos enchemos com o tempo uns com os outros. Um pedaço vai, outro vem, outros nunca se tiram e outros sempre se esvaem. Palavras e imaginação por vezes sobram, na maioria das vezes faltam. E o nada brinca no seu lugar. Um momento aperta um coração bobo, outro relaxa uma mente acelerada. Será que é muito difícil olhar nos olhos de alguém e se reconhecer? Afinal, somos. Um nós deve existir em algum lugar.



sábado, 14 de dezembro de 2013

Aquela vontade esquisita de escrever qualquer coisa numa tarde qualquer

Sigo sendo
como letra no papel
como papel em branco de mim.

Escrevo porque sou
sou porque escrevo
e a palavra ganha vida
se torna quem ela cativa.

Faz mudar um pouco do que conhecemos
faz o certo ser duvidoso
faz o sentimento pular no papel de outro.

Mistura os acentos, as vírgulas e os pontos
tornando o final apenas um meio.

Onde um texto termina
começa outra pessoa sendo
as palavras num papel amassado
cheio de marcas do passado
cheio de vida por dentro.

Iiiii... Os pingos dos "i"s pulam
e saltitam entre desejos
me pego sonhando
desejando apenas um enredo.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Quem não se pode ser, pq?

Não quero conhecer você
porque já entendi o suficiente
muito menos manter uma conversa de um minuto
porque o silêncio é o melhor guia.

São desejos falando mais alto
são conexões que vão além de códigos

É mais de sentimento
é mais de toque
é mais disso

Que me torna uma drunk
uma joker
Piadista dos meus próprios medos

Stop talking
take me
That's it, all we need.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O que o coração suplica

Inesperado, juntinho, natural
vida por ela e por si só
sonhar, planejar?
seguir fora da rotina.
Natural, juntinho, inesperado
por mim, por você só
vento que me leva 
que me faz.

Mudar é essencial
Permanecer soa mais vital.
Guerreando entre esses mundos
o equilíbrio levanta a bandeira da paz.




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O encontro

Sou dessas
a vida e seus ares
de leve vou.
Caminho
sigo o seu
me perco no meu.
Uma sombra
Daydream.



domingo, 6 de outubro de 2013

Coração enganoso

Coração enganoso
aquele que vê e pensa sentir
aquele que sente mas não pode alcançar
doce vida com desejo de partir
Mesmo assim ele bateu a porta e deixei entrar.

Foi assim tão pequeno
num gesto tão tenro
um coração pobre pode voltar
pro afago desse cuidado
da porta da casa 
ele pode passar

Um anjo
com fome tão grande
de atenção o bastante
me fez despertar

Que o mundo mesmo tão grande
numa vida distante
a sinceridade eu pude enxergar
que o coração sendo enganoso
posso errar
e ainda assim
o perdão encontrar.




sábado, 28 de setembro de 2013

Marcas

O lugar que pertencemos
distante, surreal
intocável
Por dentro um acorde toca e nos chama
é a batida que nos guia
distante, surreal
agora um pouco mais próximo
são os olhares perdidos se encontrando
Marcas de um mundo que nos aceitam como somos
um dentro do outro
seguindo a batida que nos une
Distante, surreal
agora em uníssono
O lugar que pertencemos nos convida
Fechar os olhos e se deixar levar
pelo o que realmente importa.




quarta-feira, 31 de julho de 2013

Para Aquele, autor da minha fé.

(Nothing but a poem without no rhyme.)
Aquele que chama
acolhe e mesmo sem eu perceber
toca, cura, refaz
acalma meu breve ser
inquieta com questões pouco usuais
pega minha mão
aponta para o caminho.

Por hora confuso,
com um tempo talvez obscuro
busco entender
e no silêncio ele fala.
Pareço por vezes surda
sem a intenção de ser
pois é muito barulho aqui dentro.

Mas a insistência de sua voz perfaz
me acalenta
e sei que nunca mais
deixarei de sentir sua presença.



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Crônica mental

Tenho meus defeitos, manias e insistência em certos erros idiotas.
Tenho raiva, coragem e ao mesmo tempo coração mole e babaca.
Mas na verdade não me reconheço mais.
É muita construção e desconstrução pra se relatar.
É mais do que algo concreto que se possa medir.
Extrapola medidas, previsões e esquinas depredadas pelas ruas da cidade [pq é o que tá em evidência]
Pensamentos a mil por hora, vontade que não falta de abraçar o mundo.
Ser perfeita. [exigência de uma mente inquieta com o seu eu]
Mas imperfeita é o que se tem para todos os dias.
Frustrações faltam dedos para contar.
Mas Esperança é o que tem me despertado.
Ela já se despediu de mim um dia. Foi um tempo negro. Melhor não recordar.
Mas muito daquele baixo astral me fez e me faz. Revolta. Desfaz.
Tipos de mim mesma encontrados em cada olhar.
E um eu que não se pode enquadrar.
Pois é, quem sabe um dia juntos eu encontre respostas para tanta loucura?
Sim, sou bipolar.

domingo, 23 de junho de 2013

A poesia e a rua

A poesia e a rua
a pessoa e a alma
muita luta interna, muita paz escondida.
Um caminho sem direção a percorrer
amor ao chamado que me faz.
O sentimento de fazer parte.
A rua sem preconceitos me convida a sair,
a enfrentar os medos, me libertar dos meus anseios
a escutar o próximo com mais paixão.
É a vida que pulsa, no ritmo das minhas indagações.
Um amor para viver.
Nada mais me importa agora,
só posso ser, 
nas imperfeições, 
o que a rua me mostrou: EU SOU
(um dia serei)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fé - Esperança - Amor

A paz do encontro diário e permanente.
A agonia do não resolvido.
A alegria de um esperançar.
A tristeza da impotência.
A mudança que perturba e refaz o ser.
A ida que clama por volta.
O caminho feito que sussurra: 
                                                           "me refaça".
Eu em você, você em mim.
Fé, esperança e amor.


domingo, 26 de maio de 2013

Sem título para esses pensamentos

Mundos foram criados. Sensações foram quebradas como vidro partido com a queda.
Só se pode ser. Tudo passa como mágica. Mas tudo volta como sombra.

Nada se coloca ou se superpõe. É o preto no branco, o cego enxergando,
o preenchido se esvaziando e o cristal se tornando impuro.

A verdade está estampada, para que se enganar mais?

                [ Ou seria o branco no preto
                 o vazio se preenchendo, a pureza vencendo
                 e enxergando o além?]

Mudanças acontecem o tempo todo, em todo tempo
mas o Amor, mesmo sendo dinâmico nas suas formas de se apresentar,
é o único que permanece intacto, constante
pronto para erguer o caído, suportar fases difíceis
e ser o suporte da paz e felicidades reais.


domingo, 19 de maio de 2013

It's just begun


Um riso, uma alegria
um começo não esperado
Em um dia, numa quarta qualquer
tudo surgiu de novo.

Uma lágrima, uma tristeza
interrompida pela razão
e em um sábado a noite
o começo voltou
da onde na verdade nunca parou

e assim se vai
se esvai

pouco de mim
mais de nada
muita saudade
do que não se viveu
muita dor
do que não se sentiu

e assim se vai
se esvai

o desfecho incerto
a caminhada que fica
a experiência inacabada
e assim volta, começa
e o passado se faz presente
mas em um mundo novo.

Não mais esperar
não mais temer.
Respirar o de sempre
entre eu e você
voltar para o começo
o quanto necessário for
para o tempo dar um fim
no que apenas começou.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Amor

Escrito por Kahlil Gilbran 

"Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança."

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Reflexão escrita, guardada e agora relembrada

“Há limites para tudo. Chegou a hora de crescer. Encarar face a face os dilemas da vida e da morte. Mais importante do que arranjar meios para sobreviver nesse conturbado caminho, é descobrir o porquê de tudo isso. É chegada a hora de amadurecer e reconhecer que nada por aqui roda sem motivo. Levanto ao amanhecer. Estudo, trabalho para ter o que comer. Durante a noite durmo para não encarar o enfadonho da hipocrisia revelada no meu cotidiano. Desgosto eterno por essa vidinha medíocre que levo. Por que tudo e todos seguem essa suposta trilha para a felicidade, se todos sabem que o brilho esconde o abismo da conformidade? Então sigo, certo que já não faço parte desse espetáculo. Questiono. O primeiro passo para andar na contramão e descobrir o mistério maravilhoso e real pelo qual nasci.”*


*Escrito pela vida em 2011

Questionei, vivi. Ainda questiono, continuo a viver. Muito mudando, muito para ser. Continuar na esperança, no Amor, pois só Ele pode, pela Graça, aliviar a dor e preencher esse viver.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A tristeza do poeta


A tristeza do poeta
a dor que não sente.
Não é tristeza com Deus
pois o Verbo se faz presente.
É a vida abatida por dentro da gente
contidos no movimento
da rotina e taboos existentes.
A tristeza do poeta
que sofre calado, não se entende
só quer um pouco de liberdade e respeito
no meio da cidade, da família
e se deixar levar pelo vento.
É a tristeza do poeta
que aguarda o instante
do nosso pleno contentamento.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Senti-mental-mente


O sentimento da minha sensação
a espera inquieta por palavras
o silêncio de atitudes não esperadas
sensação menos sentimental que posso viver.



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Let's smile a little more


Por que o meu sossego, desassossega com você?
Keep me in mind and let's see what we will do this time.
Por que o meu desassossego, sossega com você?
Keep me in your arms and let's see what we will do this night.
Porque o meu riso é só seu, e o seu sorriso me faz querer escrever ainda mais.

(:



Crises, escolhas
momento de estagnação
Frustração da não caminhada
do mundo girando
e você em permanente prisão
de pensamentos, atitudes, devaneios e não sonhos.
Mas esse é um ponto de vista
que revela outro
todos parados e você movimentando o seu ser
porque parar, estagnar e esperar
também é caminhar, é respirar
é se conhecer e viver.


domingo, 28 de abril de 2013

Preenchendo as (...)


(o sorriso, a diversão, a ironia pronta na língua
o olhar, a conversa descontraída e os desabafos
o jeito estressado que não consigo levar a sério
e acabo induzindo que o sorriso volte pro seu lugar
pequenos momentos
que a consciência alheia não sabe que existem
mas neles eu me entrego, eu insisto
porque fazem de mim quem eu sou.)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dupla visão de mundo


A cama e a coberta
que não cobre os sonhos
que se cobrem e se fazem possíveis
com o abraço e o corpo,
o beijo e o toque
a presença e o olhar
(e dai o que você imaginar)
da pessoa que está ao lado
que partilha a vida
a intimidade
a saúde e a doença
a juventude e a velhice
e o desejo de ser feliz.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

É tempo de rever a sabotagem


Aquela mania esquisita de me convencer que os olhos de outras pessoas nunca estão atentos para minha pessoa.
Aquela mania esquisita de me sentir inferior a certas pessoas, perco a fala, fico sem graça, não consigo deixar eu ser por completo.
Aquela velha mania esquisita de saber que me sentiria bem com certas pessoas ao meu redor, 
mas porque os nossos cotidianos não nos juntam eu simplesmente me saboto da presença essencial dos que seriam amigos.
Aquela mania estranha de me olhar no espelho e ver duas de mim, uma que admiro e a que odeio e teimar que a figura odiosa se sobressai para terceiros.
E aquela nova mania esquisita, me convencer que não temos nada a ver um com outro e esse sentimento vai sumir da mesma forma como surgiu, do nada.

É a nova mania reforçando a antiga
É a antiga influenciando na nova
e o ser no meio disso tudo
se anula ou se renova.

domingo, 14 de abril de 2013

Bem ou mal, sendo o que se é.


Imaginar como seria se o pensado fosse falado
se o sentimento fosse praticado
e se a sinceridade não fosse subestimada.
Como seria toda essa vida por ai?
Bem ou mal
Nos moveríamos a flor da pele
a flor da verdade.

sábado, 13 de abril de 2013

Convites que a vida se encarrega de fazer


Haverá sempre aqueles para chamar de seus
com os quais as conversas nunca começam e nunca se findam
é sempre um jogando na cara do outro falas aleatórias que fazem sentido.

Haverá sempre aqueles para chamar de seus
compartilhar o passado e um futuro que sempre existirá
não importando os rumos diversos que se pode ter
os reencontros são inevitáveis.

Existem os seus, que podem ser meus
quebrar barreiras e deixar perceber como no fundo
são as mesmas piadas internas e manias esquisitas
com as mesmas músicas do dia a dia e da madrugada a fora

Afinal, haverá sempre os nossos
basta um deixar no outro o que somos de verdade.

domingo, 7 de abril de 2013

[Reinventos] do viver


Resta seguir com o que se tem
vivendo os sonhos
continuar tentando.

E se retirados a força forem
tomar o primeiro passo da reconquista
com outros olhos
outros sabores
e outras pessoas.

sábado, 6 de abril de 2013

Sensatez e loucura a parte


Essa cara que esconde
esse sorriso torpe surgindo do desejo.
Todo cuidado é pouco para detê-lo.
Melhor sinceridade bárbara
do que mentiras enfeitadas.




Já não posso responder pelos meus atos.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Poemizando na madrugada

"De música em música
só mais uma, só menos lembranças
Aquilo que queria esquecer
só faz me preencher.
Aquilo que queria dizer
só faz me esconder.
De música em música
só mais uma, só menos de você."


Ou seria menos de mim?
O  poema já tem dono
não vou interferir.
Resta a quem ler
decidir.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sobre o tempo [Diálogo de poemas]

Cada palavra em seu devido lugar,
tudo certo mas sem hora pra voltar,
são certezas e incertezas misturadas
repostas
que a vida lança sobre a mesa.
Só nos resta sentir,
E o que a prova está ao vento
Se eu estou curtindo o momento
mesmo que pequeno
já está valendo a pena.


domingo, 31 de março de 2013

Terminei voltando para Casa


Apesar de tudo, tudo
é só a felicidade que me traz.
Calmaria em meio a tempestade
canto dos pássaros no meio da correria
o verde em meio a tanto concreto
Apesar de nada, nada
é só felicidade que me faz.





*Obrigada Larih pela música.



quinta-feira, 28 de março de 2013

O que não se pode esperar


A rua é meu caminho
meu meio
pode ser um início
ou um fim.
Se torna todas as minhas faces
É o escondido sendo revelado
é o traço que na noite pega o seu compasso.

Eu só posso não me conter
é muita loucura
dentro do meu ser.

terça-feira, 19 de março de 2013

Quem sentirá?


"Tudo vem em questão de tempo
vidas e encontros 
momento que ficou no ar 
passou de alma em alma 
em mim ficou.


Comigo se vai, nesse grande amor."

*Escrito pela vida em 2008

segunda-feira, 18 de março de 2013

Página virada


"Tem certas coisas da vida
que é melhor esquecer
             esquece
         esque
       es
    e
quem é você??"

*Escrito pela vida em 2012

domingo, 17 de março de 2013

Precisar


Depois de muito pensar, sentir
eu só consigo respirar.
É o natural de nossas forças
mas o que pode vir além desse breve momento?
Todos nós buscamos o além
as respostas para tantas incertezas
o amor que sobrepõe tudo
a natureza que nos abraça como parte dela
um sendo no outro a completude do ser.

Esperança. Esperançar e esperar.
Já parou para perceber a complexidade da nossa existência?
já parou pra deixar as músicas te tomarem por completo?
É uma das mágicas do eterno.
O que somos, o que fazemos, no que cremos, o que sentimos
não passam de pedaços que juntos fazem a eternidade.
Por favor, não deixe de fazer parte dela.
Eu vou sentir a sua falta para sempre..


sábado, 16 de março de 2013

Problemas do imaginário popular


"Batida que faz e perfaz
idas e vindas
voltas e voltas.
Mesmo som com uma nova cara
mesmo eu com novas formas
mente mutada pra um novo passo.

E assim vamos conhecendo
nos conhecendo
com olhares, sorrisos e atos
vemos e fazemos
no sol de meio dia 
ou no de meia noite
não nos detemos.

Prosseguir com a batida 
movendo um pro outro 
aquilo que nossos olhares 
já cansaram de conectar." 


*Escrito pela vida em 2012

sexta-feira, 15 de março de 2013

Versos de cada dia


Tem versos
            escondidos 
            transparentes
que descreve
         denuncia
um eu
         um eles
quiçá um nós.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Pesares


Uma raiva me sobressai
impulso veemente que transtorna e não deixa pensar
Mas é um pensar que dói, que faz chorar
é muita injustiça, num mundo de essência justa
é muito (de)dissabor que me faz gritar.

Uma lágrima e um soco no ar
o estômago embrulhado de tanto pesar
Como pode Cristo amar tudo e todos sem diferenciar?
Como pode Ele me amar?
Olho pro mundo, pro meu mundo e não me aguento em pé
Porque o verbo amar é muito difícil de se personificar.


*Grafite por Giu Dias em Instituto Braille do ES.


segunda-feira, 4 de março de 2013

Recomeços diários, perdidos achados


Quando um sonho morre
ele te assombra com as tentativas de recomeço 
que se repetem sempre e sempre na sua vida.
É a parte de você que insiste em bater no peito
que insiste em se reerguer.
Quando um sonho morre
não dá mais pra se enxergar
pois é a parte, a única, que te define.

Uma luta, uma briga
é a consciência me despertando pra mais um dia 
com o tormento e o desejo de recomeçar, outra vez.




Estranho sentir saudade daquilo que nunca se pode viver.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coisas de irmãs

Porque não importa onde estejas
com quem andarás, viverá o dia a dia
Tem espaço pra todos, toda mistura de qualquer parte
Leve um pedaço meu que muito de você tenho aqui
São recordações, memórias
Que dão espaço pra novas histórias, sotaques
Que venha a nossa mistura gostosa
Compondo essa grande confusão.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Guerra Silenciosa

Eu só consigo sentir uma onda de euforia pelo porvir
que eu nem mesma sei o que é
mas se nela eu sou
tudo que promete será...









sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Por Que Nós

"Sempre tem gente pra chamar de nós
Sejam milhares, centenas ou dois
Ficam no tempo os torneios da voz
Não foi só ontem, é hoje e depois
São momentos lá dentro de nós
São outros ventos que vêm do pulmão
E ganham cores na altura da voz

E os que viverem verão"





Descobrir o inexistente em nós
realidade que se refaz.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Codinome Amigo

"Ahh Felicidade!
Como medir se não sentir?
Como sentir se não amar?
Como amar se não doar?
Doar, partilhar, compartilhar...

Ahh Felicidade!
Como definir?
Afinal pra que definir?
Basta apenas se deixar ser..."




Poema e vídeo por Larissa Almeida  - a irmã mais nova

domingo, 27 de janeiro de 2013

Pássaro na janela


Que seja parte de mim
Sinceridade, espontaneidade...
O que der pra ser.
É de mim, não se trata de você.
Só quero diversão sem causa
ou causa com intento de coração.
Sinceridade, espontaneidade...
Apenas voar com verdade enfim.






sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Apenas um fim de semana


Subitamente saudades
...lembranças
pouco tempo, mas muito!
Subitamente desejo
...vontades
pouco de nós, mas muito!
Subitamente dúvidas
...confusão
pouco de mim, mas muito de você.
Subitamente palavras
...poemas
pouca vivência, mas muito pra ser.


"Eis o momento de ouro [da vida]: (...) quando o mundo todo, e algo além dele, se abre às mentes, enquanto conversamos; e ninguém tem qualquer queixa do outro ou responsabilidade por ele, mas todos são homens livres e iguais, como se tivéssemos nos conhecido pela primeira vez uma hora atrás, ao mesmo tempo em que somos envolvidos por uma Afeição amadurecida pelos anos. A vida - a vida natural - não tem um presente melhor a dar. Quem poderia merecê-lo?"*
(C.S. Lewis)


sábado, 19 de janeiro de 2013

A outra noite


Quero voar
lá bem acima
das nuvens pretas 
quero estar.

Quero ser aviador
aliviar a dor
daqueles que sonham
com aquilo que só fica no imaginar.


A OUTRA NOITE*
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; que as nuvens feias que cobriam a cidade eram vistas de cima enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
      Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
     “O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?”
       Confirmei: sim, acima da nossa noite preta ,enlamaçada e torpe havia uma outra –pura,  perfeita e linda .
       “Mas, que coisa!”
        Ele chegou a por a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
     “Ora, sim senhor...”
       E, quando saltei e peguei a corrida, ele me disse um "boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sincero, tão veemente como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
*Por Rubem Braga

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Canção do vento e da minha vida

"O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
       E a minha vida ficava
       Cada vez mais cheia
       De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
        E a minha vida ficava
        Cada vez mais cheia
        De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres.
        E a minha vida ficava
        Cada vez mais cheia
        De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
       E a minha vida ficava
       Cada vez mais cheia
       De tudo."

Por Manuel Bandeira

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Quarta já passou, vamos falar de Quinta


Quinta chuvosa, 
no meu bem chover, 
vem refrescar, 
já era hora, 
do céu cinza aparecer.*


*Pós IPL Vix
Vídeo: Pós IPL Sampa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Encontro dos seres

Estou sem forças para dizer
Expressar.
Um mundo tão inteiro e repleto
muita arte, história para contar.

É que de cada pedaço, 
de olhar em olhar
uma vida em construção
me reconstrói, emociona
sinto, vivo e deixo estar.


É que cada pessoa
me aperreia, me molda,
faz pensar.
Faz me descobrir,
me achar.


O momento mais belo
o conjunto dos seres
que se encontra com os seus
e faz cada um tão singular.