quarta-feira, 17 de abril de 2013

É tempo de rever a sabotagem


Aquela mania esquisita de me convencer que os olhos de outras pessoas nunca estão atentos para minha pessoa.
Aquela mania esquisita de me sentir inferior a certas pessoas, perco a fala, fico sem graça, não consigo deixar eu ser por completo.
Aquela velha mania esquisita de saber que me sentiria bem com certas pessoas ao meu redor, 
mas porque os nossos cotidianos não nos juntam eu simplesmente me saboto da presença essencial dos que seriam amigos.
Aquela mania estranha de me olhar no espelho e ver duas de mim, uma que admiro e a que odeio e teimar que a figura odiosa se sobressai para terceiros.
E aquela nova mania esquisita, me convencer que não temos nada a ver um com outro e esse sentimento vai sumir da mesma forma como surgiu, do nada.

É a nova mania reforçando a antiga
É a antiga influenciando na nova
e o ser no meio disso tudo
se anula ou se renova.

Um comentário:

Rute / Pedro Henrique disse...

Oi, Nat, aqui é a Rute. Sempre venho aqui no seu blog ver as novidades =)

Vi que essa tua postagem foi feita mais ou menos ao mesmo tempo que a minha rs =) E tanto esta quanto a anterior (que também gostei muito - "Bem ou mal, sendo o que se é") tem um tanto a ver com a poesiazinha que escrevi lá...

Ultimamente tenho sabotado um tanto do meu tempo... Aliás, já faz algum tempo... Acho que não me saboto da presença essencial dos meus amigos, mas me saboto do conhecimento essencial de Deus - ler mais, orar mais, para então praticar mais.

No mais, no fim, quanto àquilo que sobressai (o lado que odeia ou o que ama), a verdade é que Cristo, por ser a Verdade, ao viver em nós, nos faz cada vez mais verdadeiros. Isso não significa que iremos expor tudo de nosso lado odioso, porque de um modo meio paradoxal, Ele nos ensina a fazer escolhas e a não colocar certas atitudes em prática nem falar certas palavras que vêm à nossa mente odiosa.
E, voltando ao início... Fato é que, sendo mais verdadeiros, nossos amigos de verdade não se importarão em flagrar nosso lado odioso. De fato, nenhum ser humano deveria se afastar do outro por conta disso, mas um se abrir e o outro também, igual você disse na poesia aqui de baixo... E talvez aprenderíamos melhor que o outro é odioso assim como eu, e também tem pontos admiráveis.
Peço a Deus que transforme cada vez mais esse ser odioso que há em nós e que possamos inspirar pessoas a buscar o mesmo.
É bom, sabe, se expor. É legal porque, como você pôde ver, me identifiquei com você. E se identificar, mesmo naquilo que não é necessariamente bom, acaba sendo interessante porque passamos a refletir junt@s.
Eu me lembro do livro "Confissões", de Agostinho. Muitas pessoas puderam ser mudadas por se identificarem com os pecados dele, isso acaba dando forças pra mudança (claro, se o reconhecimento do pecado vier junto do conhecimento do arrependimento e do perdão de Jesus). Beijos.